Risco à saúde

Caminhão e carga radioativa são roubados no México

Um caminhão de carga que transportava equipamentos de radioterapia usados, que compreendem materiais radioativos extremamente perigosos, foi roubado de um posto de gasolina na região central do México. Autoridades emitiram um alerta em seis Estados centrais do país e na capital para encontrar o veículo, informaram funcionários do governo mexicano e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU.

A AIEA disse que o caminhão levava Cobalto-60. O equipamento de radioterapia pertencia à agência de saúde pública do México e não estava mais em uso, disse Ricardo Maza, funcionário do setor de proteção civil do Estado de Veracruz, um dos quais onde o alerta foi emitido. A cápsula do material radioativo estava blindada com chumbo, afirmou ele.

Segundo Maza, os ladrões provavelmente queriam o caminhão e não sabiam o que ele carregava. O equipamento era transferido para um centro de estocagem para detritos radioativos quando o veículo foi roubado.

O material foi lacrado de forma apropriada e não representa risco, contanto que a cápsula onde foi colocado não seja quebrada ou alterada, informou, em comunicado, a Comissão Nacional para Segurança Nuclear da Secretaria de Energia do México.

Mas a comissão pediu que quem quer que esteja de posse do material não deve abri-lo ou danificá-lo, porque ele pode representar um sério risco à saúde, lembrando que ele deve ser devolvido imediatamente.

O caminhão Volkswagen branco com a identificação da empresa “Transportes Ortiz” saiu de Tijuana e ia para uma instalação de estocagem na região central do país. O veículo foi roubado num posto de gasolina de Tepojaco, no Estado de Hidalgo, ao norte da Cidade do México.

O motorista Valentin Escamilla Ortiz disse às autoridades que saiu de Tijuana no dia 28 de novembro e estava descansando no caminhão durante a noite quando dois homens armados se aproximaram do veículo por volta da 1h30 da madrugada de terça-feira. Eles o expulsaram do caminhão, amarraram suas mãos e pés e o deixaram num terreno baldio na proximidades.

Quando ele conseguiu se libertar, correu para o posto de gasolina e pediu ajuda. A AIEA descreveu a carga como “extremamente perigosa” se danificada ou removida de sua blindagem protetora. Fonte: Associated Press.

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