O primeiro-ministro britânico, David Cameron, realizou hoje sua segunda visita no cargo ao Afeganistão. Cameron disse que, no ano que vem, é preciso haver um progresso “irreversível” na luta contra o Taleban, demonstrando o desejo de que as tropas britânicas possam começar a deixar o Afeganistão em 2011.
Cameron se encontrou com o presidente afegão, Hamid Karzai, dias após documentos diplomáticos vazados dos EUA mostrarem fortes críticas de funcionários norte-americanos e afegãos sobre o desempenho das forças do Reino Unido.
Cameron disse em entrevista coletiva ao lado de Karzai que estava “cautelosamente otimista” com o progresso no campo de batalha. Também se mostrou otimista com os planos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de trazer parte das tropas para casa no próximo ano, e o restante dos soldados até o fim de 2014.
Cameron disse que 2010 foi “sem dúvida um ano em que nós vimos real progresso”. Em 2011, a intenção é que o “progresso se torne irreversível”. “O presidente Karzai me dá confiança de que nossos planos para a transição são alcançáveis”. Um documento dos EUA vazado, datado de 2009, contém críticas de Karzai às tropas britânicas, por perderem o controle da província de Helmand, no sudoeste do país.
Hoje, porém, Karzai disse desconfiar da autenticidade de alguns dos documentos divulgados e disse que a Grã-Bretanha “tem sido um firme defensor do Afeganistão e do povo afegão”. Cameron partiu no último domingo para o Afeganistão, onde 10 mil soldados britânicos atuam. O único país estrangeiro com mais soldados no território afegão são os EUA, com mais de 140 mil soldados. As informações são da Dow Jones.