Cameron quer endurecer regra que dissolve governo

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, sinalizou hoje que seu governo pode avançar no Parlamento com uma controversa proposta para mudar as regras sobre em que termos o Legislativo nacional é dissolvido e uma eleição é convocada.

Falando a repórteres no Parlamento da Escócia, em Edimburgo, Cameron defendeu o projeto do governo para que seja preciso apoio de 55% dos parlamentares para derrubar o governo e forçar uma eleição. Atualmente, é preciso apenas maioria simples.

A questão é crítica para a dinâmica do novo governo. “Claramente, se você quer um mandato fixo – e muitas pessoas falaram sobre a necessidade disso -, precisa ter um mecanismo para garantir isso”, disse Cameron. “Obviamente, este é um mecanismo que pode ser debatido na Câmara dos Comuns, ele pode ser discutido. Mas eu acredito que é um bom arranjo para se obter um governo forte e estável.”

O tema das regras para a dissolução do governo é crucial para a nova administração, a primeira coalizão no Reino Unido desde a Segunda Guerra. Com a norma dos 55%, nem o Partido Conservador, de Cameron, nem o Partido Liberal Democrata, parceiro menor na coalizão, poderiam forçar eleições imediatamente, caso rompessem sua aliança.

A proposta de alteração na norma foi bastante atacada pelo Partido Trabalhista, do ex-premier Gordon Brown, e também por alguns membros da coalizão no poder.

Em seus comentários, Cameron também disse que seu governo está determinado a tomar ações para conter o déficit público e lembrou as declarações do presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, que elogiou a promessa do governo de realizar uma redução “acelerada” desse déficit. As informações são da Dow Jones.

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