Em meio às crescentes apostas sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta segunda-feira que deixar o bloco aumentaria o risco de guerra na Europa.
O discurso de Cameron na segurança nacional veio em meio a sua campanha antes da votação no dia 23 de junho para saber se o país continua ou deixa a UE.
Cameron disse que seria temerário supor “que a paz e a estabilidade no nosso continente são assegurados sem qualquer sombra de dúvida”. “A Grã-Bretanha tem um interesse nacional vital de permanecer no bloco para evitar futuros conflitos entre os países europeus”, disse Cameron.
Segundo ele, o “isolamento nunca serviu para o país e que dar as costas à Europa, mais cedo ou mais tarde, haverá arrependimento”, acrescentou.
A UE foi criada depois da Segunda Guerra Mundial, em parte para impedir o continente de travar guerras entre os nações. Mas os ataques terroristas em Paris e em Bruxelas e a chegada de centenas de milhares de imigrantes do Oriente Médio, da Ásia e da África têm ampliado os desafios de segurança enfrentados pelo bloco.
Tanto o lado que concorda em permanecer na UE quanto o lado que acha que a melhor solução é deixar o bloco têm argumentado sobre os pontos positivos e negativos de suas decisões. Cameron alega que diante da luta contra o Estado Islâmico, agora é hora de juntar as forças e não separar.
Por outro lado, o grupo a favor da saída destaca que a Otan contribui muito mais para a paz na Europa do que a segurança da UE. “A noção de que a paz da Europa foi garantida pelas instituições da União Europeia sempre foi um total absurdo”, disse Robert Cowcroft da
Universidade de Edimburgo, membro dos historiadores para a Grã-Bretanha, um grupo anti-UE.
O ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, líder da campanha para o Reino Unido deixar o bloco, disse que a década de 1990, durante as guerras dos Bálcãs, mostrou que o bloco não deu nenhuma garantia de paz. “Eu não acredito que a saída do Reino Unido causaria uma terceira Guerra Mundial no continente europeu”.Fonte: Associated Press.