O primeiro-ministro britânico, James Cameron, disse hoje que o mundo precisa da ajuda da Turquia para fazer com que o Irã preste atenção nas preocupações internacionais a respeito de seu programa nuclear. A empresários turcos, ele também declarou que o Reino Unido apoia firmemente o pedido da Turquia de ingressar na União Europeia (UE). O premiê ainda criticou o ataque israelense contra uma flotilha que se dirigia para a Faixa de Gaza com ajuda humanitária em 31 de maio e que acabou com a morte de nove ativistas que estavam a bordo de um navio turco.
A visita no início do mandato sinaliza o reconhecimento do Reino Unido de que a Turquia é um aliado importante numa região propensa a conflitos. Em 2009, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, viajou para o país – o único membro muçulmano da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – para melhorar a parceria entre as duas nações, apesar das diferenças de opinião em questões polêmicas.
A forte referência de Cameron ao episódio com a flotilha deve agradar seus anfitriões, embora ele diga que a investigação israelense sobre o incidente deva ser rápida e transparente. Essa opinião difere da postura pública turca, que defende que o inquérito deveria ser internacional. “O ataque israelense contra a flotilha que se dirigia para Gaza foi completamente inaceitável”, disse Cameron. Sobre o bloqueio de Israel ao território palestino, ele afirmou que “Gaza não pode e não deve continuar a ser um campo de prisioneiros”.
Na segunda-feira, UE e Canadá impuseram novas sanções contra o Irã, cujo alvo são os setores de comércio exterior, bancário e de energia. O objetivo é interromper o programa nuclear do país muçulmano. As sanções europeias também colocaram as empresas de transporte naval e aéreo numa lista negra.
Cameron disse que o Reino Unido apoia a entrada da Turquia na UE, apesar dos temores de que o país esteja evitando algumas políticas ocidentais. A Turquia enfrenta oposição para sua entrada no bloco principalmente da França e da Alemanha. “Quando penso sobre o que a Turquia tem feito para defender a Europa como aliada da Otan e o que a Turquia está fazendo hoje no Afeganistão, junto com nossos aliados europeus, fico irritado com o fato de que seu progresso na direção de tornar-se membro da UE possa ser frustrado da forma como vem acontecendo.”