O primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta sexta-feira que o crescente número de evidências do uso de armas químicas pelo regime da Síria é “extremamente sério”.

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Ele concordou com o presidente Barack Obama que afirmou ontem que Damasco passou dos limites. No entanto, o premiê britânico afirmou que a responsa deverá ser feita de maneira política em vez de militar.

“Isso é extremamente sério. E eu acho que a fala do presidente Obama estava absolutamente certa, de que isso deve” ser um limite para a comunidade internacional de modo que nos esforcemos mais, disse Cameron à BBC.

“Eu sempre fui a favor de que fizéssemos mais”, declarou Cameron. “A questão é como vamos intensificar a pressão.

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“Na minha opinião, o que precisamos fazer – e já estamos fazendo uma parte disso – é formar a oposição, trabalhar com eles, treiná-los, orientá-las, ajudá-los para pressionar o regime e colocar um fim nisso”.

Perguntado se isso significaria colocar tropas britânicas em solo sírio, Cameron disse: “Eu não quero ver isso e eu não acho que é provável que isso aconteça”. “Mas creio que nós podemos intensificar a pressão sobre o regime, trabalhar com os nossos parceiros, trabalhar com a oposição, a fim de trazer um resultado certo.”

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Os EUA disseram pela primeira vez nesta quinta-feira que a Síria deve ter usado armas químicas contra as forças rebeldes, mas enfatizou que as agências de espionagem ainda não estavam 100% seguras sobre a avaliação.

O ministério de Relações Exteriores do Reino Unido confirmou que também tinha evidências “limitadas, mas convincentes” do uso de armas químicas no conflito. “É extremamente grave. Este é um crime de guerra, e devemos levá-lo muito a sério”.

Já o porta-voz do órgão executivo da União Europeia, Michael Mann, disse que o uso de armas químicas é “completamente inaceitável”, acrescentando, porém, que o uso de tais armas não foi ainda totalmente esclarecido.

“Qualquer uso de armas químicas é completamente inaceitável”, disse Michael Mann durante uma coletiva de imprensa. No entanto, acrescentou que está “inteiramente claro” se o regime do presidente Bashar al-Assad está usando essas armas.

A UE espera que a Organização das Nações Unidas inicie uma investigação para avaliar a situação, disse o porta-voz para assuntos internacionais. As informações são da Dow Jones.