Por 222 votos a 199, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que proíbe a CIA (central de inteligência norte-americana) de usar técnicas "duras" de interrogatório e impõe uma adesão estrita às Convenções de Genebra sobre o tratamento a prisioneiros de guerra. O projeto depende de aprovação também no Senado, mas a Casa Branca adiantou que o presidente George W. Bush vai vetá-lo.

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O projeto de lei determina que as agências de inteligência sigam as normas de interrogatório adotadas no ano passado pelo Exército dos EUA, que proíbem explicitamente o uso de técnicas como a "prancha d’água" (afogamento simulado), humilhações sexuais, suspensão do fornecimento de alimentos e de atendimento médico, cães de ataque e execuções simuladas.

A votação do projeto aconteceu uma semana depois de a CIA anunciar que destruiu as gravações em vídeo de interrogatórios de suspeitos de terrorismo conduzidos nos últimos anos. O Escritório de Administração e Orçamento da Casa Branca reagiu à aprovação do projeto dizendo em comunicado que a adoção das novas normas do Exército pela CIA "impediria os EUA de conduzir interrogatórios legais de terroristas da Al-Qaeda para obter informações necessárias para proteger americanos de ataques".

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