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Cadê o conluio com a Rússia?, questiona Trump após condenação de ex-aliado

No mesmo dia em que dois de seus ex-aliados se viram implicados na Justiça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em um comício nesta terça-feira no Estado da Virgínia Ocidental que a investigação comandada pelo conselheiro especial Robert Mueller “não consegue encontrar conluio com a Rússia”. Trata-se de referência às suspeitas de colaboração entre a campanha vencedora da corrida à Casa Branca de 2016 e Moscou em busca de favorecimento na eleição presidencial.

“Cadê o conluio com a Rússia? Eles não conseguem encontrar conluio com a Rússia”, questionou Trump a uma plateia de apoiadores.

Mais cedo, um júri federal considerou Paul Manafort, que foi diretor de campanha do atual presidente, culpado em oito acusações de fraude fiscal e bancária. Também nesta terça-feira, o seu ex-advogado pessoal Michael Cohen confessou ser culpado de acusações de fraude fiscal, fraude bancária e violações a leis de financiamento de campanha. Além disso, Cohen afirmou que agiu “em coordenação e sob a direção de um candidato para um cargo oficial federal”, mas não citou o nome de Trump em sua confissão.

No comício na Virgínia Ocidental, Trump defendeu sua política comercial alegando que os EUA aplicarão uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis da União Europeia e que essa medida converterá o atual déficit comercial americano, que ele próprio estimou em US$ 151 bilhões anuais, em um superávit de igual valor com o bloco de nações.

Trump também garantiu que os EUA estão “a caminho de um acordo justo com o México”, argumentando que o presidente eleito do vizinho ao sul, Andrés Manuel López Obrador, “sabe que o México precisa dos Estados Unidos”. “Eu me dou melhor com ele que com o capitalista”, acrescentou o americano, em referência ao atual mandatário, Enrique Peña Nieto.

A China não ficou de fora do discurso do líder da Casa Branca. Ele opinou que, antes da sua chegada à Presidência, a China “estava a caminho de ser maior que nós”. “Isso não vai acontecer”, prometeu, em meio às reiteradas acusações de que Pequim rouba tecnologia americana.

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