Bush se recusa a comentar destruição de fitas da CIA

O presidente norte-americano, George W. Bush, se recusou a comentar a destruição de fitas de vídeo que registravam interrogatórios de dois membros da Al-Qaeda por agentes da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Ele disse que só emitirá sua opinião depois que as investigações do caso forem concluídas. A destruição dos vídeos está sendo investigada pelo Departamento de Justiça do país, pela própria CIA e pelo Congresso norte-americano, sob suspeita de que teriam sido usadas técnicas de tortura para interrogar supostos terroristas.

"Até que as investigações sejam concluídas, não emitirei nenhuma opinião", disse Bush na última entrevista coletiva do ano. O presidente afirmou apenas que não sabia da existência das fitas ou da destruição delas até que o diretor da CIA, Michael Hayden, o informasse, este mês. Durante a coletiva, Bush afirmou que as investigações estão sob a "supervisão do Congresso, o que permitirá a todos saber o que aconteceu". Antes das declarações do presidente, a agência se dispôs a entregar documentos ao Congresso sobre a destruição das fitas.

A CIA admitiu neste mês ter destruído, em 2005, centenas de horas de gravações que mostravam dois supostos militantes da Al-Qaeda sendo interrogados, possivelmente com técnicas violentas, como a simulação de afogamento, condenada internacionalmente como uma forma de tortura. A notícia da destruição das fitas provocou indignação de parlamentares democratas e de ativistas de direitos humanos.

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