Em sua última entrevista coletiva do ano, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou-se insatisfeito com o progresso político no Iraque, embora tenha insistido que o governo iraquiano está conseguindo avanços. "Há um governo funcionando", disse Bush, na Casa Branca. "Estamos satisfeitos com o progresso em Bagdá? Não." No entanto, Bush afirmou que Washington vai manter a pressão para que ocorram esforços pela reconciliação nacional no Iraque.
Bush também demonstrou preocupação com a possibilidade de os aliados dos Estados Unidos abandonarem a missão no Afeganistão antes que a situação seja considerada estável. "Minha maior preocupação é que pensem: ‘Estamos cansados do Afeganistão, então acreditamos que devemos ir embora’", afirmou. Segundo o presidente norte-americano, os aliados precisam entender que levará um tempo até que a democracia afegã funcione.
Bush mandou ainda um recado ao presidente sírio, Bashar Assad. Ele disse que a sua paciência se esgotou "há muito tempo". "A Síria precisa apoiar o Líbano", afirmou Bush quando questionado sobre a possibilidade da mediação dos EUA para a estabilização da política libanesa. A administração de Bush tenta isolar Damasco diplomaticamente, apesar de a Síria ter enviado representantes para a conferência de Annapolis para discutir um acordo de paz entre israelenses e palestinos.
