O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira (28) compreender a decisão do primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, de retirar os 550 soldados australianos que executam missões de combate no Iraque. A Austrália informou que centenas de outros soldados permanecerão no Iraque em missões de apoio. Além disto, a Austrália manterá seu contingente de mil soldados em missões de combate no Afeganistão.

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Rudd disse a Bush que o Afeganistão é uma "luta dura, mas pretendemos permanecer lá com nossos amigos a longo prazo." Oficiais australianos aproveitaram para ressaltar que a retirada do Iraque não irá prejudicar a amizade com os EUA, a qual eles definiram como "indispensável" para a segurança australiana. Bush disse que a "amizade australiana-americana será fortalecida e preservada durante a liderança de Kevin Rudd. Eu percebi que ele é um camarada honesto e direto.

Rudd, que é do Partido Trabalhista, da esquerda australiana, tem se distanciado das políticas do seu antecessor, o conservador John Howard. O primeiro ato de Rudd ao assumir o cargo de premiê da Austrália foi assinar o Protocolo de Kyoto, o pacto para lutar contra as mudanças climáticas. Rudd disse nesta sexta (28) a Bush esperar que os EUA acabem aderindo a Kyoto. Bush retrucou que isso não deve ocorrer, pois se assinasse o pacto, a economia americana seria prejudicada. Os EUA são responsáveis por 25% das emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2).

Bush e Rudd aproveitaram para pedir aos líderes chineses que aceitem se encontrar com o dalai-lama, líder do governo tibetano no exílio, para discutir a rebelião e a repressão no Tibete. "Já está claro que estão ocorrendo vários abusos aos direitos humanos no Tibete", disse Rudd, um ex-diplomata australiano morou na China.

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