Os búlgaros começaram a votar neste domingo (12), em uma eleição parlamentar marcada por acusações de fraude e pela apatia dos eleitores. A expectativa é que nenhum partido conquiste maioria para formar um governo, alimentando temores de uma instabilidade política no país mais pobre da União Europeia.
A Bulgária tem sido liderada por um governo provisório desde fevereiro, quando Boiko Borisov renunciou, em meio a protestos contra a pobreza, as altas contas de água e luz e escândalos de corrupção.
Mesmo assim, seu partido, o Cidadãos pelo Desenvolvimento Europeu da Bulgária, aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. A vantagem sobre os Socialistas, porém, é pequena.
As últimas pesquisas de opinião mostram que o partido Borisov tem de 29% a 35% das intenções de voto, enquanto os socialistas têm de 25% a 32%. O partido vencedor terá a difícil tarefa de articular parceiros de coalizão num parlamento bastante fragmentado que pode incluir até outros cinco partidos.
O país possui cerca 6,9 milhões de eleitores que poderão votar em candidatos de 36 partidos, mas espera-se um comparecimento baixo, já que a insatisfação popular provocada por escândalos eleitorais tem sido generalizada.
No sábado, promotores públicos do país descobriram quase 350 mil cédulas falsas de votação, horas antes do início da eleição parlamentar no país. “Mais de 350 mil cédulas que foram reimpressas em cima dos documentos originais e estavam prontas para serem distribuídas foram encontradas em uma gráfica na cidade de Kostinbrod”, disse a promotoria pública de Sófia, a capital do país.