A capital da Argentina, Buenos Aires, começou 2008 sem água e sem luz. Pelo menos 22 bairros da capital e da área metropolitana foram afetados pelos cortes de energia e pela falta de água corrente. Um mau início de ano para o novo governo de Cristina Fernández de Kirchner, que já tinha tido uma estréia bastante complicada com as denúncias americanas de que o dinheiro do caso da maleta venezuelana era para sua campanha. Com o calor de 38 graus dos últimos dias, a demanda de eletricidade atingiu altos níveis, embora não tenha chegado ao recorde do último inverno – quase 18 mil megawatts.

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Nas duas companhias fornecedoras de energia, as informações são de que houve casos pontuais de falta de energia e que o "sistema está operando com normalidade". Fontes das duas empresas admitem no entanto, que no verão "poderá haver cortes pontuais nos dias mais quentes, mas não um apagão geral".

Desde 2003, quando o país começou a crescer e a se recuperar da sua pior crise econômica, os consumidores residenciais têm sido privilegiados no fornecimento de energia. Os grandes consumidores, as empresas, têm sofrido restrição. No entanto, quando o sistema está sobrecarregado, muitos bairros sofrem apagões. Já as empresas se prepararam para enfrentar esses períodos de alta demanda e se equiparam com geradores próprios.

Com os cortes de eletricidade registrados nos últimos dois dias, muitas bombas de água deixaram de funcionar e milhares de residências ficaram sem água corrente. "Os inconvenientes técnicos provocados por baixa pressão e falta de água em alguns pontos da cidade de Buenos Aires e área urbana foram superados. O serviço está sendo normalizado de forma paulatina e ficará restabelecido nas próximas horas", informou a empresa estatal de água e saneamento AySa.

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