A candidatura não declarada do britânico Tony Blair para a presidência da União Europeia (UE) recebeu um impulso hoje, quando seu rival no Partido Trabalhista, o primeiro-ministro Gordon Brown, declarou apoio a Blair. Brown disse ao Parlamento que apoiará seu antecessor assim que o cargo for criado e se Blair demonstrar interesse pelo posto. “Ficaremos muito felizes em apoiá-lo”, disse Brown aos parlamentares britânicos.
Blair é o político mais importante que concorre ao cargo de presidente da UE, que será criado assim que o Tratado de Lisboa for assinado. O tratado ainda precisa ser ratificado pela República Checa. A presidência da UE deve ser discutida durante uma reunião de dois dias do bloco que começa amanhã em Bruxelas.
Por outro lado, Blair enfrenta a oposição do opositor Partido Conservador, que lidera as pesquisas de opinião e deve ganhar poder nas eleições gerais, marcadas para junho.
O parlamentar conservador Malcolm Rifkind, ex-ministro de Relações Exteriores, disse que os líderes do partido têm falado aos líderes europeus que escolher Blair seria um grande erro. “Ele não é a pessoa certa para o cargo”, disse Rifkind. “Eu acho que o passado de Blair, incluindo seu apoio à guerra no Iraque, o torna inadequado”.
Não está claro se Blair tem o apoio de importantes líderes europeus, dentre eles a chanceler Angela Merkel.