O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou hoje que o pedido de dois de seus ex-ministros para uma votação sobre sua permanência ou não na liderança do Partido Trabalhista tomou dele “pouco de seu tempo”. Além disso, ele alegou ter um forte apoio de seu gabinete.
Em entrevista ao programa Radio Solent, da BBC, Brown comentou o fato de dois ex-ministros terem tentado aprovar uma moção de desconfiança contra ele ontem, o que poderia resultar em sua saída da liderança trabalhista, meses antes das eleições britânicas. Questionado sobre se o gabinete se mostrou efusivo o suficiente no apoio a ele, Brown disse: “Eu acho que eles foram.”
Vários ministros do gabinete demoraram horas antes de liberar um sucinto comunicado de apoio a Brown. Entre os presentes estavam o ministro das Relações Exteriores, David Miliband, e a vice-líder do Partido Trabalhista, Harriet Harman.
O pedido para se discutir a permanência de Brown na liderança partiu do ex-ministro da Defesa Geoff Hoon e da ex-ministra da Saúde Patricia Hewitt. Para remover o líder é necessário um processo longo, de acordo com as regras partidárias.
Brown disse que quase todos os ministros já haviam deixado a reunião “uma ou duas horas” depois do pedido de votação. O primeiro-ministro considerou que se estava fazendo uma “tempestade em copo d’água” no caso. As informações são da Dow Jones.