O britânico Simon Mann retornou para casa hoje, após ser liberado da prisão na Guiné Equatorial. Mann recebeu um perdão por sua pena, após ser condenado por conspirar para derrubar o governo da nação africana. Ele cumpriu apenas 15 meses de uma sentença de 34 anos.
Mann e outros quatro mercenários sul-africanos receberam o perdão ontem e tinham 24 horas para deixar o país e nunca mais retornar. Ele não falou aos repórteres ao chegar à Grã-Bretanha, mas seu porta-voz disse que ele estava “muito grato” ao presidente Teodoro Obiang Nguema pelo perdão.
Segundo depoimento de Mann, a tentativa de golpe envolveu o filho da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher e outras pessoas. Mann afirmou no ano passado que Mark Thatcher forneceu US$ 350 mil, usados para a compra de um pequeno avião que transportaria um líder oposicionista exilado para Guiné Equatorial. O golpe de 2004, porém, foi descoberto e frustrado.
Ex-colônia espanhola, a Guiné Equatorial é o terceiro maior produtor de petróleo da África. A descoberta do golpe teria ocorrido após uma dica dos Estados Unidos, porém funcionários norte-americanos não confirmam a informação.