O Brasil enviará nesta sexta-feira (30) para a Colômbia 16 militares do Exército em dois helicópteros Cougar para participar da operação de libertação de seis reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A operação deve começar no domingo em dois locais da Amazônia colombiana que serão indicados pelos guerrilheiros e, possivelmente, um terceiro ponto no planalto andino.
Os helicópteros, cada um com capacidade para 25 pessoas, serão identificados com o emblema do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e deverão operar completamente desarmados, com exceção dos tripulantes militares que conseguiram autorização para levar pistolas guardadas em coldres, com a justificativa de serem úteis para “sobrevivência na selva”.
A equipe brasileira é composta por quatro pilotos, quatro mecânicos, dois técnicos em comunicação, quatro especialistas em manutenção, um coordenador aeronáutico e um técnico em oxigênio, que pode ser acionado caso o helicóptero tenha de voar acima de 10 mil pés – se for confirmado o resgate em região montanhosa.
O helicóptero que será usado no resgate levará apenas cinco militares. A segunda aeronave será mantida com o restante do grupo em solo, como reserva, em um local ainda não divulgado. Ainda farão parte da equipe de resgate dois delegados suíços e um médico francês do CICV, além de quatro membros da Comissão Colombianos e Colombianas pela Paz, entre eles a senadora Piedad Córdoba, que atua como interlocutora política com o grupo guerrilheiro.
O acordo estabelecido prevê que 36 horas antes do início da operação seja feito um contato com o ministro colombiano da Defesa, Juan Manuel Santos, e com o chefe das Forças Armadas, Freddy Padilla, para obter a garantia de que nenhum ataque militar ocorrerá na região do resgate. O mesmo será feito com os guerrilheiros das Farc.