O médico brasileiro Mohamed Kassen Omais está preso no Líbano desde a sexta-feira acusado de terrorismo, informou a Agência Brasil. Segundo a família do médico, ele viajava com a esposa, a pediatra Gisele do Couto Oliveira para buscar os filhos que passavam as férias na casa dos avós paternos, no Vale do Bekaa, região leste do país, e teria sido confundido com um homônimo cujo nome consta de uma lista de terroristas procurados.
Segundo a Agência Brasil, ele foi preso ao desembarcar em Beirute. Policiais libaneses disseram à esposa do médico que ele teria de responder algumas perguntas, e que ela deveria ir embora porque o interrogatório iria demorar. Desde então a esposa não o viu mais. A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores informou à Agência Brasil que o cônsul-geral do Brasil em Beirute, Michael Gepp, acompanha o caso.
A acusação de terrorismo não foi confirmada pelo ministério e, de acordo com a assessoria, mesmo que tivesse sido informada do motivo da prisão, a pasta não poderia divulgá-lo em respeito ao médico. Segundo o Itamaraty, o cônsul brasileiro busca informações junto às autoridades libanesas se o médico brasileiro está sendo bem tratado, em que condições ele está preso e se os seus direitos estão sendo garantidos.