O economista brasileiro Gabriel Buchmann, de 28 anos, desapareceu no dia 17, quando escalava o Monte Mulanje, no Malauí, na África. Ele entrou no país no dia 10 pela fronteira com a Zâmbia, em Chibata. Segundo informações repassadas à família pelo diretor da montanha, Carl Bruessow, Buchmann teria dispensado a ajuda do guia local durante o trajeto.

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“Segundo sua versão (do guia), a qual obviamente não podemos confirmar, Gabriel dispensou sua ajuda, a uma altura de 2 mil metros, por volta das 12 horas”, escreveu a namorada do economista, Cristina Reis, numa carta enviada ao Itamaraty, ontem. As buscas foram iniciadas dois dias depois do desaparecimento, no domingo. A família do economista só foi informada na segunda-feira, pela chancelaria francesa – Buchmann tem dupla nacionalidade.

Inicialmente, a família soube que a bagagem de Buchmann estava no hotel. Mais tarde, foram avisados de que a mochila e os passaportes brasileiro e francês estavam com o guia. “Essa é a parte mais controversa. Gabriel é muito experiente em trilhas e até poderia ter dispensado o guia. Mas ele nunca se afastava da sua mochila ou do passaporte. Essa é a informação mais assustadora”, disse Gabriela Podcameni, amiga de infância do economista. “Pedimos ao Itamaraty apoio principalmente nessa questão.” A família pagou US$ 700 para que 40 guias trabalhassem nas buscas ao rapaz. Ontem, o Itamaraty assumiu o custo das operações e aumentou para 60 o número de homens que procuram o economista.

Gabriel Buchmann fez mestrado na PUC-Rio. Foi aprovado para o doutorado na Universidade da Califórnia, marcado para começar em setembro. Antes, decidiu fazer uma viagem ao redor do mundo por um ano. Buchmann passou por 60 países e a volta ao Brasil estava marcada para o dia 28.

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