O brasileiro Sandro Carvalho, 34 anos, confessou nesta segunda-feira (30) a Polícia Civil de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, que matou em 2004 a promotora boliviana Mônica Vamborres, em Santa Cruz de La Sierra. "Eu coloquei uma bomba no carro e passei a segui-la. Foi só acionar o celular e o carro explodiu", afirmou, explicando que a vítima, funcionária do Ministério Público boliviano, prendeu o filho dele autista, de quatro anos de idade no sanitário da promotoria enquanto interrogava a esposa sobre ligações com o narcotráfico.
Carvalho foi preso no sábado em uma residência onde escondia 60 quilos de dinamite, além de alvos utilizados para prática de tiro, seis celulares, foices, estrovengas, duas armas de fogo, sendo uma de calibre 12 e um rifle, coldres de revólveres e luneta de infravermelho. A polícia localizou também vestígios de cocaína na moradia.
Ele estava recolhido na penitenciária de Santa Cruz de La Sierra de onde fugiu há dois anos, em um caminhão de lixo. "Eu entrei entre o lixo e ninguém me viu. Desde então vim para o Brasil, onde comprei uma casa e moro há cerca de um ano e meio". A prisão aconteceu depois de três meses de investigações, sobre a suspeita de que Carvalho pertencia a uma facção criminosa.
Peritos policiais calculam que a quantidade de explosivos apreendida, é suficiente para explodir um quarteirão inteiro e que o material deveria ser entregue para atos terroristas. Sandro informou que as dinamites são de fabricação boliviana e que seriam vendidas por US$ 2 mil, a um homem que manteria contato com ele, até o final deste mês.