O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, propôs neste sábado o engajamento dos líderes dos países nas negociações para destravar a Rodada Doha. A ideia, no entanto, não animou os ministros de comércio reunidos informalmente nesta manhã, em Davos (Suíça), paralelamente ao Fórum Econômico Mundial.

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A ideia de Amorim é resumir os principais pontos a serem resolvidos em seis ou sete itens, para então encaminhá-los para a avaliação e definição de presidentes e primeiros-ministros, o que poderia acontecer em uma reunião de cúpula do G-20, por exemplo.

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, e ministra da Suíça Doris Leuthard foram reticentes ao comentar a proposta. “Essa é uma opção que foi colocada à mesa e ninguém disse não”, afirmou Lamy. Apesar de dizer que é possível trabalhar nesse projeto, ele avalia que a tarefa não é fácil. Isso porque questões muito técnicas, como fórmulas usadas para definições do comércio, precisariam ser resumidas e simplificadas. “Se é uma boa ideia ou não, são os líderes que irão dizer”, esquivou-se.

A ministra da Suíça Doris Leuthard afirmou que os trabalhos de avaliação das negociações seguirão entre fevereiro e março, quando então os ministros devem se reunir novamente. Ela avalia que as regras da OMC ajudaram a impedir uma crise ainda mais grave, por isso argumenta sobre a importância da conclusão de Doha. “É frustrante que após tantos anos de negociação ainda não tenhamos um desfecho.”

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