A instalação do novo embaixador brasileiro na Coreia do Norte depende agora da volta de Pyongyang à mesa de negociação com a comunidade internacional, afirmou ontem o próprio nomeado ao posto, Arnaldo Carrilho. “Os canais diplomáticos da Coreia do Norte estão entupidos”, disse o diplomata em Pequim, onde aguarda o sinal verde do Itamaraty para assumir a embaixada. Previsto inicialmente para amanhã, seu embarque foi adiado por tempo indeterminado.
Carrilho passou 37 de seus 71 anos de idade em missões diplomáticas no exterior e serviu 10 anos na Ásia – 5 em Hong Kong e 5 na Tailândia. A Coreia do Norte será seu quarto posto em um país comunista, depois da Polônia (1967-1971), de Berlim Oriental (1973-1974) e de Laos (1996-2001), que estava na jurisdição da Tailândia.
Antes de Pyongyang, Carrilho foi embaixador junto à Autoridade Palestina, um forte indício de seu gosto por missões difíceis. Carrilho morava na parte leste de Jerusalém e atravessava diariamente o muro que separa a cidade do território palestino.