Engenheiros da British Petroleum estão estudando outras opções para conter um vazamento de petróleo no fundo do mar no Golfo do México, após uma tentativa fracassada com um domo de concreto, no sábado. O domo, de 100 toneladas, foi colocado sobre o principal vazamento na sexta-feira. De acordo com o plano original, um tubo seria conectado ao domo, levando o óleo até um petroleiro na superfície.
A técnica, no entanto, nunca havia sido usada em águas tão profundas e fracassou. Devido à baixa temperatura, cristais de gelo se formaram e bloquearam uma abertura no topo do domo, que já foi deslocado para um local a cerca de 500 metros do vazamento.
Uma das alternativas consideradas pelos engenheiros da BP seria usar um tubo para lançar lama e concreto diretamente dentro da válvula da segurança do poço, um processo que poderia levar de duas a três semanas.
O diretor de operações da BP, Doug Suttles, disse que a empresa também está pensando em colocar um domo menor sobre o vazamento. Teoricamente, ele seria menos vulnerável por conter uma quantidade menor de água. Este novo domo poderia ficar pronto na terça ou na quarta-feira.
A BP também está discutindo a possibilidade de cortar o tubo sob o leito do mar e usar tubos maiores para levar o óleo até uma sonda na superfície. Suttles disse, no entanto, que cortar o tubo seria difícil, e que esta é a opção menos desejável.
O vazamento teve início depois que uma sonda de perfuração operada pela British Petroleum em águas profundas explodiu em 20 de abril, matando 11 pessoas. Desde então, segundo estimativas, 13,3 milhões de litros de petróleo já atingiram a superfície. Se este ritmo for mantido, em 20 de junho o vazamento se tornará o pior desastre do tipo na história dos EUA, superando o derramamento de petróleo pelo Exxon Valdez, em 1989, no Alasca. As informações são da Associated Press.