BP diz que cuidará de pessoas afetadas por vazamento

O presidente do conselho da British Petroleum (BP), Carl-Henric Svanberg, disse hoje, depois de reunião com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama que a empresa vai cuidar das pessoas no Golfo do México e afirmou que gostaria de se desculpar com aqueles afetados pelo vazamento de óleo. Obama confirmou que a companhia concordou em reservar US$ 20 bilhões para um fundo de indenizações às vítimas do vazamento de petróleo do Golfo do México. Ele também acrescentou que o fundo pode ser ampliado e que a BP pagará todos os custos relacionados aos danos ambientais. Obama disse ainda que a “BP é companhia forte e viável” e que interessa aos EUA que ela permaneça assim.

Obama classificou a reunião como “construtiva” e disse que a BP, voluntariamente, montará um fundo adicional de US$ 100 milhões para as pessoas que perderam seus empregos em razão da moratória à perfuração de novos poços de petróleo no Golfo do México imposta pelo governo dos EUA.

Dividendos

A BP também anunciou esta tarde que não pagará dividendos a seus acionistas em 2010. A decisão é consequência do acordo fechado com o governo dos Estados Unidos por meio do qual a petrolífera britânica criará o fundo de compensação de US$ 20 bilhões. Segundo comunicado divulgado pela BP após reunião entre o presidente dos Obama e executivos da petrolífera, o conselho de diretores da companhia revisou sua política de dividendos e cancelou o pagamento que seria feito aos acionistas em 21 de junho, referente aos lucros do primeiro trimestre de 2010.

Ainda de acordo com a petrolífera, não serão divulgados números provisórios referentes aos dividendos dos segundo e terceiro trimestres de 2010. Às 16h11 (de Brasília), o ADR da BP operava em alta de 3,82%. A alta dos papéis ganhou força após a oficialização do acordo sobre o fundo de indenizações e depois de a companhia anunciar que não pagará dividendos nesse ano.

O conselho da BP considerará a retomada do pagamento de dividendos somente em 2011, quando forem anunciados os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2010, afirmou a nota. A expectativa da empresa é de que, no início do próximo ano, seja possível ter uma ideia mais clara do impacto de longo prazo do derramamento de óleo no Golfo do México que começou em abril e tornou-se o que se considera o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.