Boudou pode ser indiciado por enriquecimento ilícito

O promotor argentino Jorge Di Lello pediu, nesta segunda-feira, que um juiz abra um processo por enriquecimento ilícito contra o vice-presidente do país, Amado Boudou. O pedido também inclui a namorada de Boudou, Agustina Kampfer, seu antigo amigo e parceiro de negócios José Maria Nunez Carmona, e outro empresário, Alejandro Vandenbroele, que supostamente atuou como “laranja” de Boudou numa série de negócios.

O promotor também pediu ao juiz Ariel Lijo que investigue dez empresas, dentre elas a The Old Fund, uma holding ligada a Boudou. A empresa conseguiu evitar que uma editora com sérios problemas financeiros não entrasse em concordata e conquistasse um contrato para imprimir moeda argentina com a ajudar de Boudou e de outras importantes autoridades do governo.

Lijo deve agora decidir se abre formalmente um processo por enriquecimento ilegal que, eventualmente, podem levar a uma pena que pode chegar a seis anos de prisão e o banimento da vida pública, informou a secretária de Di Lello, Juliana Marquez.

“O promotor encontrou elementos suficiente para justificar a investigação do vice-presidente”, disse Marquez. “O juiz agora precisa iniciar a investigação…examinar a declaração de imposto de renda do servidor e de outras pessoas, além das declarações prestadas pelas empresas, na busca por fraudes.”

Boudou também pode ser acusado por tráfico de influência e outros atos incompatíveis com sua função pública, caso herdado por Lijo do juiz

Daniel Rafecas.

Rafecas concordou em abrir o inquérito e o promotor-geral da Argentina, Esteban Righi, aprovou o pedido do juiz para a realização de uma busca no apartamento de Boudou, quando foram apreendidas gravações telefônicas entre Boudou e Vandenbroele, a quem o vice-presidente nega conhecer pessoalmente.

Boudou abriu uma reclamação formal afirmando que os três envolvidos no caso de tráfico de influência – Rafecas, Righi e o promotor federal or Carlos Rivolo – estavam conspirando contra ele e vazando informações para a mídia opositora. Rafecas foi afastado do caso, Righi renunciou sob pressão e agora o juiz Lijo tem de decidir se afasta Rivolo. As informações são da Associated Press.

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