Pelo menos 19 pessoas morreram neste sábado (3) no Iraque em bombardeios e tiroteios, incluindo uma emboscada contra um comboio que transportava um importante comandante do exército, informaram autoridades. O número de ataques contra civis e forças de segurança cresceu durante o feriado muçulmano do Ramadã, que começou no início do mês passado.

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A intensificação do derramamento de sangue levanta temores sobre um retorno da matança generalizada que colocou o país à beira de uma guerra civil após a invasão norte-americana em 2003.

O atentado com maior número de vítimas envolveu uma emboscada contra uma comitiva do tenente-general Abdul-Amir al-Zaidi, que comanda algumas forças do governo nas províncias de Diyala e Salahuddin.

Homens armados mataram seis guarda-costas de Al-Zaidi e feriram outros quatro, mas o comandante não foi atingido, segundo a polícia local. O ataque ocorreu perto da cidade de Adeim, cerca de 100 quilômetros ao norte da capital iraquiana.

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Homens armados também invadiram a casa de um ex-combatente da milícia Sahwa perto da cidade de Baqouba e mataram sua esposa e suas duas filhas. Ele não estava no local no momento do ataque. A Sahwa se juntou às tropas norte-americanas na guerra contra Al-Qaeda no auge do conflito no Iraque.

Desde então, os membros da milícia têm sido alvo de ataques por insurgentes sunitas que os enxergam como traidores. Foram registrados vários atentados em julho contra integrantes da Sahwa. Também no entorno de Baqouba, dois combatentes da milícia foram alvejados enquanto trabalhavam em suas fazendas. A cidade fica 60 quilômetros ao nordeste de Bagdá.

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Autoridades policiais disseram que dois policiais que estavam de folga foram mortos perto da cidade de Mosul neste sábado. Em Tikrit, na região central do Iraque, um ataque a bomba em uma rodovia matou pai e filho, relataram autoridades. No oeste de Bagdá, uma explosão perto de lojas de auto-peças deixou dois mortos e sete feridos. No sudeste da capital, dois civis foram mortos em um atentado que tinha como alvo uma patrulha policial.

Com as baixas de hoje subiu para 597 o número de mortes desde o começo do Ramadã, de acordo com cálculos da Associated Press. Este tem sido o feriado muçulmano mais sangrento no Iraque desde 2007.