Pelo menos quatro palestinos morreram e dez ficaram feridos após bombardeios de Israel à faixa de Gaza, em meio ao aumento da tensão entre o Estado hebraico e o grupo radical palestino Hamas.

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Durante as últimas 12 horas, palestinos e israelenses abriram fogo na região de fronteira. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, quatro foguetes israelenses chegaram ao território palestino.

A autoridade palestina em Gaza informou que os quatro mortos na ação eram milicianos, sendo que a maioria compunha as Brigadas de Ezzedin al Qassam, braço armado do Hamas.

Segundo o Exército de Israel, a ação aconteceu em Rafah, sul da Faixa de Gaza, e teve como alvos um grupo de milicianos que tentava disparar foguetes. Do lado israelense, dois funcionários estrangeiros também ficaram feridos por explosivos palestinos.

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Mais cedo, os militares também informaram que um soldado se feriu após um atentado ao lado da fronteira com Gaza. A ação foi reivindicada pelas Brigadas Abu Ali Mustafa, braço armado da Frente Popular de Libertação da Palestina.

Em pronunciamento após os bombardeios, o ministro da Defesa, Ehud Barak, prometeu que o Exército de Israel reagirá aos ataques de radicais palestinos “da maneira apropriada e no momento certo”.

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O Hamas tomou o controle de Gaza à força em 2007. Graças a um embargo imposto pelos israelenses, o território está praticamente isolado. O objetivo do embargo, segundo Israel, é controlar o acesso a armas.

Visita

Os ataques ocorrem um dia após a visita do emir do Qatar, Hamad bin Khalifa al Thani, a Gaza. Foi a primeira vez que o governo do movimento radical islâmico Hamas recebeu a visita de um chefe de Estado.

O emir chegou ao lado da mulher e de uma grande delegação vindo do Egito e adentrou a região pela cidade de Rafah, onde foi recebido pelo chefe de governo do Hamas, Ismail Haniyeh, em cerimônia oficial. Os ministros de governo do Hamas também participaram do evento.

A visita faz parte da agenda de aproximação do Qatar com a faixa de Gaza. Entre outros pactos de apoio mútuo, Al Thani promete trazer U$ 250 milhões (R$ 506 milhões) para o Hamas para ajudar na administração dos problemas de pobreza da área, que sofre bloqueio econômico por parte de Israel.

“Hoje declaramos vitória sobre o bloqueio por meio dessa histórica visita”, disse Haniyeh. “Obrigado, emir, obrigado, Catar, por essa nobre posição árabe.” Um porta-voz do governo israelense chamou a visita de assustadora. O Qatar mantém laços diplomáticos de baixo nível com Israel e hospeda uma base militar americana, além de ser rico em gás e petróleo.