Uma explosão matou dois soldados libaneses e feriu outros três nesta sexta-feira, na fronteira entre o Líbano e a Síria. A bomba foi detonada quando um caminhão do Exército passava por uma estrada nos arredores da cidade de Arsal, região marcada pela tensão entre tropas libanesas e rebeldes islâmicos da Síria.

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O primeiro-ministro do Líbano, Tammam Salam, em declaração oficial, culpou os extremistas islâmicos que atuam na Síria pelo ataque. A explosão aconteceu após o Exército ter detido um libanês e dois sírios acusados de fazer parte de uma “célula terrorista” na região de Arsal.

Na quarta-feira, homens armados ligados a um grupo radical islâmico cruzaram a fronteira da Síria e sequestraram um soldado libanês. Somente em agosto, cerca de 20 soldados e policiais foram capturados da mesma forma, de acordo com oficiais de segurança do país. Ao menos oito desses soldados continuam sendo mantidos reféns pelo grupo sírio Nursa Front, afiliado à Al-Qaeda, e o restante está nas mãos do Estado Islâmico.

As ações dos extremistas incitaram uma onda de violência contra refugiados sírios no Líbano. Desde os sequestros, as tropas libanesas tem se enfrentado repetidamente com os rebeldes jihadistas perto Arsal.

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Nesta sexta-feira, a polícia interrogou três sírios que entraram no país ilegalmente, suspeitando que eles poderiam ter alguma conexão com a decapitação de um dos soldados libaneses feita pelo Estado Islâmico. O grupo radical, que controla parte da Síria e do Iraque, também decapitou dois cidadãos norte-americanos e um britânico nas últimas semanas. Fonte: Associated Press.