Desenvolver uma arma nuclear é um “grande e imperdoável pecado”, afirmou nesta quinta-feira o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. Ao mesmo tempo, ele insistiu que o Irã tem o direito de levar adiante um programa nuclear com fins pacíficos.
Khamenei discursou durante o encontro das 120 nações que compõem o Movimento dos Países Não-Alinhados, grupo formado durante a Guerra Fria que atualmente o Irã tenta liderar. O país afirmou que o evento mostra que as sanções impostas contra seu programa nuclear não tiveram sucesso em isolá-lo diplomaticamente.
“Eu declaro que a República Islâmica do Irã nunca esteve atrás de armas nucleares e nunca irá abandonar seu direito de usar pacificamente a energia nuclear”, disse Khamenei.
Em Viena, enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou documento segundo o qual o Irã aumentou consideravelmente o número de centrífugas em uma instalação nuclear e “limpou” uma base militar de forma que não é possível determinar se houve alguma pesquisa nuclear bélica no local.
A AIEA reportou que em 18 de agosto a instalação nuclear de Fordo possuía cerca de 2 mil centrífugas instaladas, o dobro do número registrado em maio. Cerca de 700 estão operando no local escavado dentro de uma montanha. A agência da ONU disse também que o Irã “higienizou” a base de Parchin de tal forma que as investigações serão “significativamente” prejudicadas. As informações são da Associated Press e Dow Jones.