Bomba atinge centro de vacinação no norte da Nigéria

Supostos extremistas jogaram bombas contra um centro de vacinação de crianças e escritórios do governo na instável cidade de Maiduguri, nordeste da Nigéria, informou a polícia hoje. Não há registro de mortos ou feridos nos ataques, que aconteceram durante a noite de ontem e dia de hoje.

O chefe de polícia do Estado de Borno, Mohammed Jinjiri Abubakar, disse que os atacantes, que ele descreveu como “fundamentalistas religiosos”, usaram bombas caseiras no ataque.

Uma bomba explodiu “perto de uma secretaria do governo. Apenas a cerca foi quebrada. O explosivo não poderia penetrar no prédio”, disse ele.

Em outro ataque, na noite de ontem, homens atacaram um armazém do governo onde dezenas de milhares de doses de vacina contra poliomielite, sarampo e meningite eram estocadas. Três carros que estavam no estacionamento ficaram queimados.

A instalação fica no bairro de Unguwar Doki, onde o líder já morto da seita Boko Haram, Mohammed Yusuf, costumava fazer suas pregações.

A seita islamita conhecida como Boko Haram iniciou um levante em 2009 e é acusada por dezenas de assassinatos no nordeste do país, onde ataca forças de segurança, líderes comunitários e instituições governamentais.

Poliomielite

A poliomielite ressurgiu em 27 países da África, da Ásia e do Oriente Médio a partir de 2003, quando clérigos islâmicos da Nigéria promoveram um boicote a uma campanha de vacinação sob a alegação de que a imunização seria um complô liderado pelos Estados Unidos para tornar os muçulmanos inférteis e infectá-los com o vírus causador da aids.

A doença foi erradicada de quase todos os países do mundo, mas permanece endêmica no Afeganistão, no Paquistão, na Índia e na Nigéria.

Crianças com menos de cinco anos são as principais vítimas e o contágio se dá quando pessoas não vacinadas entram em contato com as fezes de pessoas contaminadas com o vírus, geralmente através da água. Ela ataca o sistema nervoso, provoca paralisia, atrofia muscular, deformação e, em muitos casos, a morte. Apenas uma em cada 200 crianças infectadas desenvolve os sintomas. As informações são da Dow Jones.

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