A Bolívia tentará obter o aval do Brasil à sua proposta de criação de uma política antidrogas no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e de um fundo para financiar suas ações. Em visita oficial ao Brasil, o ministro do Interior boliviano, Alfredo Rada, tratará nesta quarta-feira (12) do tema com o ministro da Justiça, Tarso Genro, com quem firmará um convênio bilateral de combate ao tráfico de entorpecentes.
A proposta da Bolívia de regionalizar a política antidrogas, entretanto, surge como alternativa após a decisão de romper com a cooperação da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) para a erradicação do cultivo de coca no país.
A Bolívia procura neste momento o apoio dos vizinhos latino-americanos à decisão de implementar um controle mais brando à produção doméstica de coca. O país é o terceiro maior produtor de cocaína do mundo, atrás apenas da Colômbia e do Peru. Até 2007, o cultivo de coca se estendia por 28 mil hectares, dos quais 12 mil considerados legais – destinado ao uso tradicional pelas comunidades indígenas.
Em dezembro, como reação ao rompimento com a agência antidrogas dos EUA, a Bolívia será excluída da lista de países andinos cujos produtos podem ingressar no mercado americano com tarifas de importação reduzidas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.