Bolívia paga US$ 43,1 milhões por controle de petrolíferas

A Bolívia pagará US$ 43,1 milhões pelas ações ordinárias para que a empresa petrolífera estatal assuma o controle de quatro companhias estrangeiras, segundo os decretos promulgados pelo presidente, Evo Morales.

O único conjunto de ações negociado foi com a Andina, subsidiária na Bolívia do consórcio hispano-argentino Repsol YPF, à qual o governo boliviano pagará US$ 6,3 pela compra de 145.162 ações.

O Estado pagará essa quantia em quatro quotas, com recursos da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e com um fideicomisso do Tesouro. O governo não pode, em troca, concretizar a compra negociada de ações de Chaco, Transredes e da companhia logística CLHB porque "pretendiam cobrar somas muito elevadas" pelas ações, informou na noite de quinta-feira o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas.

Mediante um decreto, o governo fixou os preços das ações ordinárias para que a YPFB chegue a 50% mais um das ações de Chaco e Transredes, e comprou 100% da CLHB.

Na Chaco, o governo recuperou 167.271 ações por US$ 4,2 milhões a um preço de US$ 29 por ação. Chaco, que pertence a Pan American Energy (filial argentina da British Petroleum), opera em 18 campos na exploração de gás natural e petróleo.

Na Transredes, a responsável pelo transporte de gás natural por condutos, foram pagos US$ 12,7 milhões por 253.429 ações a um valor de US$ 48 cada. O sócio majoritário era a Ashmore Energy Internacional (AEI), Transportadora Holdings Spain, que comprou suas ações do consórcio Enron e Shell em 2007.

No caso da companhia logística CLHB, o consórcio alemão-peruano pretendia receber US$ 45 milhões por 100% das ações. O preço de compra final foi de US$ 20 milhões. A CLHB se encarrega de armazenagem e transporte de líquidos.

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