O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta segunda-feira (11) que seu governo considera "persona non grata" um funcionário da Embaixada dos Estados Unidos em La Paz que pediu a voluntários e supostamente, a um bolsista americanos informações sobre cidadãos venezuelanos e cubanos residentes no país. "Uma vez que o senhor Vincent Cooper, assessor do chefe de segurança da Embaixada dos Estados Unidos, admite que evidentemente havia mandado alguns cidadãos espionarem, sinto que este senhor não somente violou os direitos desses cidadãos, como viola, ofende e agride uma nação como a Bolívia", declarou Morales durante cerimônia militar em Cochabamba, na região central do país.
"Entendo que este senhor, no momento em que admite esse erro para a Bolívia, para o governo, torna-se ‘persona non grata’", prosseguiu o presidente boliviano. Pouco depois, o adido de imprensa da embaixada americana, Eric Watnik, leu a jornalistas uma declaração que reitera a posição manifestada na sexta-feira pela missão diplomática.
A Embaixada dos EUA em La Paz nega ter instruído o estudante e voluntários do Corpo de Paz a promoverem algum tipo de operação de espionagem e enfatiza que o pedido de informação foi uma iniciativa do próprio Cooper. A representação americana qualificou a atitude como "um erro" e Watnik informou que Cooper foi convocado a Washington para ser interrogado. "O Departamento de Estado adotará as medidas cabíveis ao término da investigação", observou a embaixada.