A Bolívia aceitará os subsídios do Brasil para lutar contra o narcotráfico na fronteira entre os países, informaram hoje autoridades bolivianas. O novo governo do Brasil anunciou que pretende enviar subsídios a Bolívia e Paraguai para fortalecer a luta antidrogas e contra o crime organizado na fronteira, segundo declarações recentes do novo ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo.
Funcionários de Bolívia e Brasil trabalham elaborando o formato dessa ajuda, disse o vice-ministro da Defesa Social da Bolívia, Felipe Cáceres. “Até o fim do mês ou da primeira quinzena de fevereiro, no nível das embaixadas, vamos fazer as apresentações à nova presidente do Brasil (Dilma Rousseff) da proposta de acordo”, explicou Cáceres.
O Brasil se tornou o principal aliado da Bolívia na luta contra o narcotráfico desde que o presidente Evo Morales expulsou a agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) do país em novembro de 2008, por suposta espionagem.
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a doação de seis helicópteros à Bolívia, cuja autorização final tramita no Congresso brasileiro. Ontem, Morales disse em encontro com correspondentes que “a liderança do Brasil é importante na luta contra o narcotráfico” e assegurou que há propostas para um controle por satélite da fronteira de 3.200 quilômetros, que inclui selvas e rios.
O Brasil se converteu no principal destino da cocaína boliviana e peruana. Informes oficiais indicam que 40% da droga que cruza para o País vem do Peru. Uma parte da cocaína abastece o mercado interno, e a outra segue por barcos até a África e dali para a Europa. As informações são da Associated Press.
