O governo da Colômbia quer restabelecer as relações diplomáticas com o Equador, afetadas pelo ataque realizado em 1 de março por militares colombianos, em território equatoriano, contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse o chanceler colombiano, Fernando Araújo.

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Araújo disse ter recebido ordem de "fazer todo" o possível para melhorar as relações bilaterais, a pedido expresso do presidente Álvaro Uribe. O chanceler assegurou que o Ministério das Relações Exteriores não usa expressões como a empregada na última segunda-feira (24) pelo ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, que qualificou a morte de Raúl Reyes, número dois das Farc, como um "ato legítimo de guerra". Por outro lado, Araújo se absteve de polemizar com o colega.

"Nós, na Chancelaria, não utilizamos esse tipo de expressões, recebemos instruções para desenvolver relações diplomáticas fraternas e eficazes, e temos a intenção de restabelecer as relações com o Equador, e de continuar com a agenda positiva que estava sendo construída", disse Araújo à rádio Caracol.

As relações entre os dois países entraram novamente em crise quando foi confirmado que um dos mortos no ataque colombiano era um cidadão equatoriano, que, segundo Bogotá, atuava como vínculo das Farc com o Equador. Araújo assegurou que seu país acatará o "procedimento" estabelecido pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para superar o novo incidente, como solicitou Quito.

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