O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta quinta-feira (17) que a "campanha de desprestígio" contra seu governo por parte da Colômbia inclui a difusão de um vídeo no qual o guerrilheiro Raúl Reyes, morto durante o ataque colombiano a um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em território equatoriano, lhe envia cumprimentos.
Correa disse esperar que a reunião de amanhã com o secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que visitará Quito, "seja útil" para encontrar saídas para a crise com a Colômbia. Mas destacou, em declarações à imprensa estrangeira em Quito, que espera que "não venham com a diplomacia de sempre, de querer buscar consensos e ver que as duas partes em um conflito são iguais".
"Aqui, claramente há um agressor, que é a Colômbia, e um agredido, que é o Equador", disse. Correa reiterou também a vontade de seu governo de atuar no processo de libertação dos reféns das Farc.
"Eu também posso sacar um vídeo de um narcotraficante felicitando o presidente por uma vitória eleitoral, mas isso não relaciona o presidente Uribe com o narcotráfico, sejamos um pouco sérios ao tratar dessas coisas", disse.
"Eu também posso passar um vídeo do presidente Uribe como candidato em reuniões com paramilitares", disse Correa, "mas essa não é a forma de atuar de nosso governo".
