A boca de urna das eleições holandesas indica um empate entre o Partido Liberal e o Partido Trabalhista. Tanto o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia, mais conhecido como Partido Liberal, liderado por Mark Rutte, quanto o Partido Trabalhista, liderado pelo ex-prefeito de Amsterdã, Job Cohen, devem ter conquistado 31 cadeiras cada, das 150 do Parlamento, de acordo com o levantamento do instituto de pesquisas Synovate.

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As pesquisas de intenção de voto deram como favorito, durante semanas, o Partido Popular para a Liberdade e a Democracia, de centro-direita, o qual tem pressionado por uma agenda mais agressiva de reformas econômicas e cortes no orçamento.

Resultados preliminares e parciais das eleições serão divulgados ainda hoje. Os temores com o déficit do orçamento deixaram em segundo plano outros temas, como a preocupação com a imigração, que antes dirigiu o debate político holandês. Vários economistas locais e a União Europeia alertaram sobre o agigantamento do déficit público na Holanda.

Contudo, o grupo de extrema-direita Partido da Liberdade, liderado por Geert Wilders, classificado pelo governo do Reino Unido como extremista por causa da sua retórica anti-islâmica, deverá conquistar 14 cadeiras, finalizando com 23 no Parlamento, o que o tornará a terceira maior força política do país.

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O governo anterior da Holanda, uma coalizão de partidos de centro e centro-esquerda liderado por Jan Peter Balkenende, dos Democratas Cristãos, entrou em colapso em fevereiro após desacordos internos a respeito do envio de forças militares ao Afeganistão. As informações são da Dow Jones.