A coalizão de governo Frente Ampla, uma colcha de retalhos integrada por socialistas, democratas cristãos, comunistas e ex-guerrilheiros tupamaros comandada pelo presidente Tabaré Vázquez, um socialista ‘light’, espera obter os suficientes votos dos eleitores para ficar mais uma meia década no poder no Uruguai.

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As primeiras pesquisas de boca-de-urna parciais da eleição realizada hoje indicavam que o candidato da Frente Ampla à presidência da República, o ex-guerrilheiro e senador José ‘Pepe’ Mujica teria entre 45% e 46% dos votos. Esta proporção não seria suficiente para vencer a eleição no primeiro turno, já que a lei uruguaia requer pelo menos metade mais um dos votos para conseguir a vitória no primeiro turno.

Uma das pedras no sapato de Mujica era o ex-presidente Luis Alberto Lacalle, candidato do Partido Nacional (Blanco), que segundo as pesquisas parciais teria de 30% a 32% dos votos. O terceiro candidato era Pedro Bordaberry, do Partido Colorado, ex-ministro do Turismo e filho do ditador civil Juan María Bordaberry, que teria obtido de 13% a 15% dos votos.

No entanto, os analistas políticos indicavam que Mujica teria força para vencer Lacalle no segundo turno, marcado para o dia 29 de novembro. Mas, Lacalle, tido como neoliberal pelos analistas (mas que define a si próprio como “nacionalista pragmático”) promete não desistir e acena para os colorados para conseguir respaldo para a nova etapa nas urnas.

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Mujica não conseguiu capitalizar para si próprio a intensa popularidade do presidente Vázquez, que possui 65% de aprovação popular. Os analistas indicam que alguns setores do centro-esquerda uruguaio temem o estilo “frontal” de Mujica, que deixa de lado a tradicional placidez e formalidade da política local.

As urnas foram fechadas às 19h30 (horário de Brasília e Montevidéu).

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