Os bispos católicos argentinos convocaram hoje uma cadeia de oração pela saúde da presidente Cristina Kirchner, que será operada na quarta-feira da semana que vem, dia 4 de janeiro, de um tumor na tireoide. “Rezamos pela presidente”, anunciaram os principais bispos do país. Os médicos indicam que o tumor de Cristina Kirchner – que não apresenta metástase – possui de 90% a 95% chances de cura.
O presidente da Associação Mutual Judaica Argentina (Amia), Guillermo Borger, anunciou – antes de partir para Israel – que pedirá pela saúde da presidente Cristina no Muro dos Lamentos, em Jerusalém.
A presidente, que será operada no Hospital Austral, na cidade de Pilar, na zona noroeste da Grande Buenos Aires, terá – a princípio – 20 dias de licença, para recuperar-se do pós-operatório. Desta forma, ela retornaria às funções presidenciais no dia 24 de janeiro. Durante sua ausência, a presidência da República ficará a cargo do vice-presidente Amado Boudou.
Diversos analistas políticos, entre eles o ex-embaixador na ONU e ex-secretário de cultura Jorge Assis, consideram que o período de recuperação de Cristina está sendo subestimado. “Deverão ser pelo menos 40 dias. Com certeza será mais do que isso”, disse o analista.
Enquanto isso, organizações de militantes kirchneristas estão preparando uma vigília na frente do hospital Austral. A vigília, para rezar e “torcer” pela saúde de Cristina Kirchner, começará na terça-feira dia 3, véspera da operação da presidente. As organizações prometem concentrar milhares de pessoas em Pilar, como demonstração de respaldo popular da presidente, reeleita em outubro com 54% dos votos.