Bogotá – Fernando Rodríguez Mondragón, filho de Gilberto Rodríguez Orejuela (um dos ex-chefes do cartel de drogas de Cali, na Colômbia) garantiu nesta terça-feira (4) que o terrorista Osama Bin Laden entrou em contato com os chefes colombianos do narcotráfico para comprar cocaína e misturá-la com antrax, a fim de envenenar consumidores da droga nos Estados Unidos.

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Segundo Rodríguez Mondragón, o líder da rede terrorista al-Qaeda contatou seu pai e seu tio Miguel, através de emissários, para comprar uma grande quantidade de droga a um preço superior ao de mercado, antes dos atentados executados em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001.

"Este produto bastante volátil e bastante venenoso [antrax] seria colocado em cada quilo de cocaína para os consumidores dos Estados Unidos, imaginem quantas pessoas teriam morrido", contou Mondragón, atualmente preso em território norte-americano junto a seu irmão.

O filho do narcotraficante Gilberto Rodríguez Orejuela acrescentou que seu pai e seu tio consideraram a proposta "ilógica e terrorista, e a descartaram", o que teria motivado os enviados de Bin Laden a tentar comprar a droga do cartel do Norte del Valle, que, segundo Mondragón, também negou o pedido.

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A versão de Mondragón faz parte de declarações que aparecerão nos próximos dias no livro "El Hijo del Ajedrecista 2", o segundo volume de um texto que narra anedotas dos chefes do cartel de Cali.

"No livro, conta-se detalhes e parênteses de como era a negociação e o oferecimento [da droga], e o que eles [os terroristas da al-Qaeda] queriam fazer com a cocaína envenenada", revela Mondragón à radio colombiana Caracol.

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No primeiro volume deste livro, Rodríguez Mondragón narrou, entre outras coisas, que os chefes do cartel contrataram o grupo mexicano intérprete da comédia infantil "Chaves" e o cantor mexicano Juan Gabriel para festas, nos anos 80.