O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, confirmou que renunciará ao cargo após a aprovação de uma lei de estabilidade econômica, após anúncio feito em nota pela Presidência.
“Depois da aprovação da Lei de Estabilidade, apresentarei minha demissão, de modo que o chefe de Estado possa abrir a consultas e decidir sobre o futuro”, disse, acrescentando que essa decisão “não me diz respeito”.
“Eu vejo só a possibilidade de novas eleições. O Parlamento está paralisado”, acrescentou.
O premier se reuniu com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no palácio do Quirinale, sede da Presidência da Itália, junto a lideranças do partido direitista Liga Norte, da base do governo.
O encontro ocorreu após a Câmara dos Deputados aprovar a prestação de contas do governo de 2010 com a margem mínima de votos necessária, mas sem uma maioria do governo na casa legislativa.
Segundo o comunicado da Presidência, Berlusconi teria dito que tem consciência das implicações da votação de hoje e expressou preocupação com a necessidade de dar respostas aos parceiros europeus com a aprovação da Lei de Estabilidade com emendas decorrentes de propostas da Comissão Europeia.
Logo após a votação na Câmara, o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, afirmou que, independente do resultado, os números teriam que ser levados para o chefe de Estado do país.
Ao sair do palácio do Quirinale, Berlusconi convocou uma reunião de seu partido Povo da Liberdade (PDL), que já conta com a presença do secretário da legenda, Angelino Alfano, e com a Liga Norte.
