O líder conservador Silvio Berlusconi formou nesta quarta-feira (7) o 62º governo da Itália no pós-guerra e preparou o início do seu terceiro mandato como primeiro-ministro, que começa formalmente na quinta-feira (8). Franco Frattini, político italiano que deixa o cargo de comissário de Justiça da União Européia, será o ministro do Exterior do novo governo Berlusconi, enquanto Guido Tremonti foi nomeado ministro das Finanças. O governo também inclui Roberto Calderoli, que provocou uma grande polêmica há dois anos, quando apareceu na televisão vestindo uma camiseta com uma estampa do profeta Maomé.

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Umberto Bossi, o líder de xenófoba Liga Norte, um grupo que tinha pretensões separatistas do Norte da Itália, foi nomeado ministro das Reformas Federalistas. No total, Berlusconi nomeou nesta quarta-feira (7) 21 ministros, dos quais quatro são mulheres, informa a Agência Ansa. Ele também disse que a primeira reunião do gabinete de governo deverá ocorrer em Nápoles, a metrópole do Sul que enfrenta uma grave crise sanitária. "Agora, vamos retomar o trabalho," disse o novo premiê.

Berlusconi, uma magnata da mídia atualmente com 71 anos, recebeu do presidente da República, Giorgio Napolitano, o mandato para formar o governo. Ele fará amanhã o juramento no cargo de primeiro-ministro. O novo governo Berlusconi deverá ser submetido a um voto no Parlamento, que é controlado com folga pela coalizão de centro-direita do premiê. O voto de confiança deverá ocorrer na próxima terça-feira (13) na Câmara e na quarta-feira (14) no Senado.

Berlusconi obteve uma grande vitória nas eleições gerais do mês passado, ao derrotar seus rivais da centro-esquerda e voltar ao poder dois anos após seu governo ter ruído. Será seu terceiro mandato como primeiro-ministro: ele governou a Itália durante alguns meses em 1994 e teve um segundo mandato com recorde de tempo para os padrões italianos de governo, entre 2001 e 2006.

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