Os jornais italianos “Corriere della Sera” e o “La Stampa” informam que o empresário Gianpaolo Tarantini disse aos promotores da cidade de Bari que algumas das 30 mulheres contratadas estavam dispostas a fazer sexo “se a vontade aparecesse” em quaisquer das 18 festas do primeiro-ministro Silvio Berlusconi na Sardenha e em sua residência em Roma. Entre as mulheres que, segundo Tarantini, receberam 1.000 euros dele, estava Patrizia D’Addario, uma prostituta que alegou em entrevistas ter passado a noite com Berlusconi em Roma. Berlusconi disse que não conhece Patrizia e negou ter pago para fazer sexo com qualquer mulher. O promotor de Bari, Giuseppe Scelsi, que lidera uma investigação contra Tarantini por suposta exploração sexual de prostitutas, não foi localizado nesta quarta-feira, bem como o advogado de Tarantini.
As leis italianas proíbem a divulgação de detalhes sobre investigações em andamento. Berlusconi, de 72 anos, confessou durante o escândalo que “não era santo”. Mas denuncia o que considera como uma campanha de esquerda para prejudicá-lo e já abriu processos contra vários jornais italianos e estrangeiros no caso. Tarantini reiterou relatos anteriores de que Berlusconi não sabia que as mulheres eram pagas para comparecer às festas.
Segundo os diários, Tarantini disse aos investigadores que buscava se aproximar do primeiro-ministro a fim de obter futuras vantagens em contratos com o governo. A mulher de Berlusconi, Veronica Lario, anunciou neste ano que está se divorciando do primeiro-ministro. A prostituição não é crime na Itália, mas a exploração da prostituição é sim um delito.