O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, vai decidir “agora” o que fazer sobre sua permanência no cargo, após a Câmara dos Deputados aprovar a prestação de contas do governo de 2010, mas sem apoio da maioria.

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O texto do Executivo foi aprovado pela margem mínima de 308 deputados, contra 321 votos e uma abstenção. Após a votação, o premier entrou em reunião com os ministros da Economia, Giulio Tremonti, do Interior, Roberto Maroni, e com Umberto Bossi, líder do partido de direita Liga Norte, da base do governo.

Antes dos deputados votarem, Berlusconi havia declarado que esperaria o resultado para decidir se renuncia ou não da Presidência do Conselho de Ministros do país. Fontes próximas ao premier haviam afirmado que a intenção dele era ouvir a cúpula de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL) e da Liga Norte antes de tomar uma decisão.

Diante da perda da maioria entre os deputados, o líder do oposicionista Partido Democrático (PD), Pier Luigi Bersani, pediu que o primeiro-ministro “pense” sobre a possibilidade de assinar um pedido de renúncia. Ele pediu ainda que o chefe do Estado italiano, Giorgio Napolitano, “procure uma solução que coloque o nosso grande país para enfrentar essa emergência”.

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