Bento XVI denuncia fundamentalismo em visita à França

O papa Bento XVI denunciou o fundamentalismo e o fanatismo no início da sua peregrinação à França nesta sexta-feira (11), em uma viagem que inflamou o debate em Paris sobre a influência da religião nos assuntos políticos. Em declarações em separado, incluído um discurso ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, Bento XVI encorajou o papel da religião na modelagem de políticas públicas uma posição que enfureceu alguns dos franceses que defendem o secularismo.

Bento XVI foi recebido mais cedo no aeroporto de Paris por Sarkozy e sua esposa, Carla Bruni. O encontro do papa com figuras do mundo da cultura coincidiu com os dois anos do seu discurso feito em Regensburg, na Alemanha, no qual ele fez comentários sobre a relação do Islã com a violência, citando frases de um imperador bizantino do século XIV.

Vários líderes da comunidade islâmica na França estavam entre os 600 convidados para escutar o discurso do papa no College des Bernadins, um prédio que abrigou um monastério na Idade Média. Não houve qualquer referência ao discurso de Regensburg, episódio que a comunidade islâmica diz considerar superado.

O responsável pela principal mesquita de Paris considera o caso encerrado e qualificou Bento XVI como “um homem de paz e de diálogo”. O papa também teve rápidos encontros com líderes da comunidade judaica em Paris. Ele disse aos judeus que a Igreja condena todas as formas de anti-semitismo e elogiou a contribuição judaica à cultura, arte e política francesas.

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