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Batalha contra Estado Islâmico desacelera com militantes escondidos entre civis

Militantes do Estado Islâmico escondidos entre civis atrasaram um avanço das forças de coalizão apoiadas pelos Estados Unidos na Síria, disse o tenente-general Paul LaCamera, que comanda a luta contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. O movimento é um revés na luta pela recuperação dos últimos vestígios de território ainda controlados pelo Estado Islâmico.

LaCamera disse a repórteres em Bagdá neste domingo que pode levar um dia ou vários dias para capturar o território. Outras autoridades dos EUA falaram em uma ou duas semanas ou mais. “É uma batalha ativa”, disse o general LaCamera. “Há muito nevoeiro e atrito no campo de batalha.”

Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia sugerido que haveria um anúncio sobre o fim do combate ao califado do Estado Islâmico nas próximas 24 horas, mas várias autoridades de defesa não estavam cientes de nenhum anúncio iminente e nenhum cronograma foi dado ao Pentágono para retirada das tropas.

O general LaCamera e outras autoridades se recusaram a dizer quanto tempo levaria para as Forças Democráticas da Síria (SDF, na sigla em inglês) concluírem o trabalho. A SDF, principal parceira norte-americana na Síria na luta contra o Estado Islâmico, isolou um grupo de várias centenas de combatentes em uma pequena área no nordeste da Síria, disse o general LaCamera. Mas capturar o que resta do Estado Islâmico se tornou mais difícil nos últimos dias por causa do tempo chuvoso e de vários civis entre as forças inimigas, disse ele.

O general LaCamera elogiou o trabalho que a SDF fez na luta contra o Estado Islâmico. A SDF é comandada por altos oficiais curdos que trabalharam de perto com os mais de 2 mil militares norte-americanos nos últimos dois anos. Contudo, com a retirada de militares e equipamentos sob as ordens de Trump, a SDF estaria procurando um novo parceiro, seja o regime de Assad na Síria ou a Rússia.

As Forças Armadas dos EUA indicaram que gostariam de continuar apoiando a SDF, mesmo depois que os norte-americanos se retirarem da Síria. Mas o general LaCamera disse que, se a SDF decidir ficar do lado do regime ou dos russos, os EUA seriam forçados a suspender o apoio. Isso equivale a um ultimato dos EUA a uma força que tem sido fundamental na eliminação do Estado Islâmico. “Continuaremos a treiná-los e armá-los enquanto eles continuarem sendo nossos parceiros”, disse o general LaCamera. “Eles vão ter que decidir qual é o seu futuro.” Fonte: Dow Jones Newswires.

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