Uma embarcação com mais de uma centena de passageiros naufragou nesta quarta-feira no rio Amazonas, no meio da selva. Até o momento, foi informada a morte de dois passageiros e 121 sobreviventes, mas há um grande número de desaparecidos, informaram as autoridades fluviais.
O barco “Camila”, que naufragou nas primeiras horas da madrugada perto da localidade de Indiana, na região de Loreto, 1.050 quilômetros a nordeste de Lima, continua virado na água. Equipes de apoio fizeram esforços para perfurar o casco da embarcação pois, segundo versões de testemunhas, ouviram-se golpes e acredita-se que haja sobreviventes presos.
Entre os 121 sobreviventes contabilizados há quatro estrangeiros, disse Robert Falcón, diretor da Defesa Nacional de Loreto, sem identificar as nacionalidades. Segundo ele, foram recuperados os corpos de dois peruanos. Segundo emissoras de rádio, dois alemães e um italiano se salvaram.
“Já foram transportados 20 feridos para a cidade de Iquitos em embarcações rápidas. Estamos tentando acalmar a população que neste momento espera os resultados do resgate e poder ver as famílias que ainda que estão dentro da embarcação”, disse Falcón à emissora Radioprogramas. Ele afirmou que ainda é desconhecido o número real de pessoas que estavam a bordo do barco, mas estima-se que havia cerca de 200.
O contra-almirante Rodolfo Reátegui Rodríguez, chefe do distrito da Capitania com sede em Loreto, disse que o acidente aconteceu por volta das 2h50 da madrugada e que a embarcação partiu do porto de Iquitos, capital de Loreto, com 146 passageiros, mas que no trajeto fora permitido o embarque de mais pessoas. Além disso, na embarcação foi encontrado combustível transportado de maneira ilegal, aparentemente um contrabando.
Camilo Montoya, dono da embarcação, disse que o navio estava em perfeitas condições e tinha 12 anos. Segundo ele, a capacidade do “Camila” era de 160 passageiros.