Barco dos EUA escapa de ataque de piratas somalis

Piratas somalis lançaram granadas e dispararam armas automáticas contra um cargueiro norte-americano que levava auxílio alimentar. A embarcação conseguiu escapar do ataque hoje seguiu para o Quênia, escoltada pela Marinha dos Estados Unidos, informaram funcionários. O presidente Barack Obama pediu o fim dos ataques piratas e cinco piratas morreram recentemente durante missões de resgate dos EUA e da França. Apesar disso, os piratas capturaram quatro navios e fizeram 75 reféns no Chifre da África, desde a dramática operação de um capitão norte-americano no domingo.

“Nossos mais recentes sequestros buscam mostrar que ninguém pode nos impedir de proteger nossas águas do nosso inimigo, porque acreditamos em morrer por nossa terra”, disse o pirata Omar Dahir Idle. A tripulação do Liberty Sun’s American não foi ferida no mais recente ataque, mas a embarcação sofreu alguns danos, segundo a empresa proprietária, Liberty Maritime Corp. O ataque impediu a reunião do capitão Richard Phillips, resgatado no domingo, e sua tripulação de 19 homens. Phillips estava no USS Bainbridge, que teve sua rota alterada para escoltar o Liberty Sun’s.

Antes, Phillips planejava se reunir com a equipe no porto queniano de Mombaça, para depois voltarem juntos para os EUA. O capitão se ofereceu como refém para os piratas, a fim de salvar sua tripulação. Ele foi resgatado em uma operação na qual atiradores de elite mataram três piratas. Neste ano, os piratas já atacaram 79 navios e sequestraram 19 deles. Atualmente, mantêm 17 embarcações, com mais de 300 reféns de mais de dez nacionalidades diferentes.

Um porta-voz do Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (ONU) informou que parte da carga do navio atacado seguirá para a Somália. O funcionário se disse preocupado, pois havia mais alimento em outro cargueiro capturado por piratas ontem, o libanês MV Sea Horse. Aproximadamente a metade dos 7,2 milhões de habitantes da Somália dependem de auxílio alimentar. O Programa Mundial de Alimentação tem usado escoltas desde novembro de 2007 para impedir ataques. No ano passado, a iniciativa da ONU enviou 260 mil toneladas para os somalis, atingidos pela seca e pela violência. Aproximadamente 90% desses alimentos chegam por via marítima, já que o transporte aéreo fica muito caro e nas rodovias há muitos problemas com roubos.

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