Milhares de estudantes protestaram em Daca, capital de Bangladesh, neste sábado, exigindo a morte de líderes de um partido islâmico em julgamento por supostamente terem cometido crimes durante a guerra de independência do país, em 1971. Oito líderes do Jamaat-e-Islami, maior partido islâmico de Bangladesh, são acusados de genocídio, estupros e incêndios criminosos cometidos durante a guerra de nove meses de separação de Bangladesh do Paquistão.
Este mês, um tribunal condenou o líder do partido, Abdul Quader Mollah, à prisão perpétua por genocídio durante a guerra. Muitos cidadãos consideraram a pena muito leniente.
Neste sábado, cerca de 5 mil alunos gritavam “morte aos assassinos” durante protestos em Daca. O governo afirmou que vai recorrer da sentença de Mollah na Suprema Corte na próxima semana, pedindo a pena de morte ao ex-líder de 65 anos.
Os protestos ocorrem um dia após ativistas do Jammat, em aliança com outros 12 partidos islâmicos, entrarem em conflito com a polícia em diversos locais do país, provocando a morte de quatro pessoas e deixando cerca de 200 feridos, incluindo uma dúzia de jornalistas. As informações são da Associated Press.