Os membros do Comitê de Política Monetária do Banco do Japão (BoJ, o banco central do país) votaram de forma unânime, nesta terça-feira (20), para manter a taxa de juros inalterada pela sétima reunião consecutiva, à medida que uma mistura de sinais na economia e na inflação refreou possíveis movimentos da instituição em relação à política monetária.
O comitê concordou em manter a taxa de juros em 0,50%, o mais baixo patamar entre o Grupo das Sete Nações. A decisão de hoje ficou em linha com as expectativas do mercado.
O BoJ anuncia mensalmente atualizações na economia do país depois de cada encontro do comitê, assim como divulga um relatório de projeções econômicas mais detalhado duas vezes ao ano. Depois de diminuir sua estimativa no relatório semestral, no final de abril, o banco central vai provavelmente deixar sua avaliação inalterada no comunicado para maio.
Mas alguns analistas vêem a possibilidade de mais redução no relatório deste mês. "Embora o núcleo da estimativa econômica não vá mudar, a previsão para a produção industrial pode ser revisada para baixo, dado o enfraquecimento nos recentes números da produção", disse o economista-chefe do Royal Bank of Scotland no Japão, Mamoru Yamazaki.
No seu relatório mensal de abril, o BoJ disse, "na luz desses desenvolvimentos na demanda interna e externa, é esperado que a produção registre crescimento, depois de estar mais o menos estável no curto prazo".